Brasil se Despede do Ícone do Boxe Maguila, Morto aos 66 Anos em São Paulo
- conexaonewsnow
- 24 de out. de 2024
- 2 min de leitura
É Esporte
O Brasil perdeu, nesta quinta-feira, 24 de outubro de 2024, um de seus maiores ícones do boxe. José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, faleceu em São Paulo aos 66 anos. O ex-boxeador, que brilhou como peso-pesado, lutava contra a encefalopatia traumática crônica, ou demência pugilística, desde 2013.
A notícia foi confirmada por sua esposa, Irani Pinheiro, em entrevista à TV Record. Segundo Irani, Maguila passou 28 dias internado e foi diagnosticado recentemente com um nódulo no pulmão. “Há 30 dias, foi descoberto um nódulo, ele sentiu muitas dores no abdômen, tiraram dois litros de água do pulmão, mas não conseguimos fazer a biópsia”, contou ela, emocionada.
Maguila nasceu em Aracaju, no dia 11 de julho de 1958. Em uma carreira que durou 17 anos, ele acumulou um impressionante cartel de 85 lutas, com 77 vitórias (61 por nocaute), sete derrotas e um empate técnico. Conhecido por seu carisma e entrevistas marcantes, Maguila cativou o público brasileiro, sendo um dos maiores representantes do boxe nacional.
Entre suas lutas mais memoráveis, estão os combates contra grandes nomes do boxe mundial, como Evander Holyfield e George Foreman. Maguila sempre teve como inspiração seu ídolo Muhammad Ali, cuja trajetória ele acompanhava em uma televisão preto e branco na casa de um vizinho em Aracaju. Anos depois, ele se tornaria campeão na mesma categoria de Ali, o peso-pesado.
“O boxe sempre foi minha paixão. Eu me interessei por causa do Muhammad Ali. Sempre fui fã dele e disse: ‘Vou lutar boxe’”, relembrou Maguila em entrevistas.
A história de vida de Maguila é marcada por dificuldades. Aos 14 anos, ele deixou Aracaju e foi para São Paulo trabalhar como ajudante de pedreiro. A vida na capital paulista foi dura, marcada por fome e desafios. “Foram três meses comendo pão com banana”, recordou ele no documentário "Maguila", lançado em 1987.
Maguila deixa um legado inesquecível no esporte brasileiro e será lembrado não apenas por sua força nos ringues, mas também pela resiliência e pelo exemplo de superação que inspirou gerações.
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